O artista subverte a noção central da ideia de campo pictórico, de pintura propriamente dita, criando caixas-módulos de acrílico transparente em que a experiência é deslocada da superfície da tela para o interior das caixas. Serialização e impacto gerado pela dimensão do trabalho (características primeiras da escultura minimalista) também são subvertidos quando o artista preenche o interior das caixas com canudos coloridos. O olhar é imediatamente levado para o interior do trabalho, quebrando a ideia de exterioridade contida na escultura minimalista. Esta operação que transita entre a interioridade e a exterioridade possibilita a leitura do trabalho escultórico através de questões pictóricas, criando um núcleo de ambiguidade entre pintura e objeto. O artista desenvolve uma paisagem artificial lidando com questões cromáticas e óticas. 

Condutores de limites

Fábio Noronha

  • Série Condutores de limites (1998)
    óleo e cera sobre tela
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Georgia Lobacheff

Georgia Lobacheff é curadora independente.

  • Realização: