Bartolomeo Gelpi

São Paulo/Brasil, 1975

  • Ciranda, de Bartolomeo Gelpi (Foto: Divulgação)
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Bartolomeo Gelpi

O artista é graduado pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP, SP, 1997). Em 2010, ganhou o 1º prêmio no 1º Salão dos Artistas sem galeria e foi contemplado com o Prêmio Aquisição na II Mostra do Programa de Exposições 2010 do Centro Cultural São Paulo. Realizou a exposição Rosa dos ventos no Centro Universitário Maria Antonia (SP, 2011) e a mostra Norte, na CENTRAL Galeria de Arte Contemporânea. Em 2012 é selecionado pelo Cultura Inglesa Festival e terá seu trabalho divulgado pelo site da Fundação Iberê Camargo. Ministrou aulas de pintura no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM SP, 2002/2003) e atuou nas 26ª e 27ª edições da Bienal de São Paulo como produtor e como assistente curatorial na 28ª edição.

Paula Borghi

São Paulo, segunda feira, 21 de maio de 2012, 9h30 da manhã de um dia nublado. Bartolomeo Gelpi me pegava em casa para que eu conhecesse seu ateliê. No banco de trás do carro, duas cadeiras para criança se camuflavam entre objetos pessoais e o material de trabalho do artista. No rádio, a trilha sonora de Siouxsie and the Banshees nos acompanhava no trajeto Vila Madalena – Carapicuíba. Passados aproximadamente 20 minutos, chegamos a seu ateliê, que fica numa linda casa, com paredes de vidro e no meio da mata. Em outras palavras, uma paisagem impressionante.

No subsolo da casa encontra-se o ateliê, que naquele momento estava repleto de pinturas que iriam para a exposição do Prêmio Cultura Inglesa. O cheiro de tinta a óleo perfumava o ambiente, a umidade mantinha a tinta da palheta molhada, mas também não deixava a tinta da tela secar. Trata-se de um espaço sem janelas, que tem como vizinhos pássaros e macacos. Sim, é no meio desta mata reclusa que Gelpi encontra o seu tempo-espaço para pintar.

Dentro da casa encontravam-se algumas pinturas do artista; umas mais recentes e outras mais antigas. Contudo, todas reconhecidas por suas faixas cromáticas, com exceção de uma pintura de pequeno formato. Tratava-se de um trabalho que tem em primeiro plano uma “mancha”, apontando para um possível desdobramento da produção de Gelpi. Sem dúvida, esta foi a pintura que mais me chamou atenção, visto que ali havia algum problema a ser resolvido. Falamos de arte, de música e da vida. Conhecer o ateliê de um artista é entender melhor seu trabalho.


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