• Sem título (2011)
    Marina Weffort
    madeira, linha, xícara e pedras

  • Untitled - silent area/ monologue area/ dialogue area (2008)
    Maurício Ianês
    vinil adesivo

  • Helenas de óleo (2002)
    Geórgia Kyriakakis
    vidro, óleo, cabo de aço e roldanas

  • Coordenadas (2011)

    Geórgia Kyriakakis
    mesas, correntes e pó de palha-de-aço

  • Ainda não (2010)

    Ana Paula Oliveira
    sacos de plástico, peixes, água e dormentes

  • Ainda não (2010)
    Ana Paula Oliveira
    sacos de plástico, peixes, água e dormentes

  • Mona Lisa (2001)
    Laura Vinci
    bacias de vidro, água, resistências elétricas e tubulação de cobre
     

  • Untitled - silent area/ monologue area/ dialogue area (2008)

    Maurício Ianês
    vinil adesivo

  • MARÉ [ver.1.3] (2009)

    Marcelo Moscheta
    03 projetores de slide, madeira, cabos elétricos, motor, redutor de potência, circuitos elétricos, alto falantes e áudio mono

  • Naufrágio (2006)

    Laura Belém
    vídeo 11'

  • Coordenadas (2011)
    Geórgia Kyriakakis
    mesas, correntes e pó de palha-de-aço

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ARTISTAS

Ana Paula Oliveira

Geórgia Kyriakakis

Laura Belém

Laura Vinci

Marcelo Moscheta

Marina Weffort

Maurício Ianês




Douglas de Freitas (São Paulo, 1986) é curador da Capela do Morumbi (unidade do Museu da Cidade de São Paulo), onde realizou em 2011 a performance de Maurício Ianês e a instalação de Tatiana Blass, e coordenador de produção e execução dos projetos do edital de Arte na Cidade, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura. É bacharel em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina, foi estagiário da Curadoria de Artes Visuais no Centro Cultural São Paulo (CCSP) de julho de 2006 a maio de 2008. Desde 2008 trabalha na curadoria e programação do Museu da Cidade de São Paulo

Instável

Douglas de Freitas

O conceito de instabilidade denomina algo que não tem estabilidade, que é suscetível de tombar, cair, virar; que não é constante, que muda; é variável, mutável. Essa definição serviu de mote para reunir um conjunto de artistas de distintas gerações, que em suas produções lidam com essa falta de permanência, ou uma estabilidade controlada no limite da desconstrução sob diferentes perspectivas. Em parte dos trabalhos essa questão pode se apresentar através de um fluir constante ou uma possibilidade de alteração de sua forma como resposta a uma ação imposta pelo artista, ou pela participação do visitante. Sua estrutura nunca se fixa em uma forma permanente. Outras obras se encaixam na exposição por oposição à ideia de estabilidade. Apresentando-se formalmente completas, elas trazem elementos em repouso sob a ação de um conjunto de forças que se anulam e estabelecem o equilíbrio, mas estão sempre no limite de desfazer ou desalinhar com a adição de uma nova força, seja ela o toque ou o vento.

Nos trabalhos de Geórgia Kyriakakis, Helenas de Óleo, de 2002, e Coordenadas, de 2011, e na série de objetos apresentados por Marina Weffort, materiais estão alinhados em uma estabilidade frágil; parecem estar no limite da desconstrução. Ainda não, de 2010, da artista Ana Paula Oliveira, e Mona Lisa, de 2011, de Laura Vinci, apresentam sempre em transformação, há sempre um movimento. No vídeo Naufrágio, de 2006, de Laura Belém, o desenho de uma caravela se desfaz sobre a ação da água; e em MARÉ [vers.1.3], de 2009, de Marcelo Moscheta, três imagens de mar tentam se alinhar e formar um horizonte. Em Untitled - silent area/ monologue area/ dialogue area, de 2008, Maurício Ianês faz proposições ao público e a obra se concretiza a partir de sua percepção e participação.

Se o que é líquido ou fluido é uma constante nos trabalhos, talvez seja porque essa é a matéria mais desafiadora de se moldar, conter e controlar. Está sempre sujeita ao acaso. Se há um controle, ele nunca é permanente. Por mais que se apresente uma obra no espaço expositivo, ela está em constante transformação ou sujeita a ruir sob a ação ou a ausência de uma força.

Douglas de Freitas

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