Rafael Alonso
Formado em pintura (2006) e mestrando em linguagens visuais, ambos pela Escola de Belas Artes da UFRJ (2011). Entre as exposições individuais que realizou, destacam-se a da Galeria Amarelonegro (Rio de Janeiro, 2008) e Centro Cultural São Paulo (São Paulo, 2006). Participou em 2010, entre outras, de Além do horizonte (curadoria de Daniela Name, Galeria Amarelonegro, Rio de Janeiro), Alvaro Seixas e Rafael Alonso (Atelier Subterrânea, Porto Alegre). Em 2009, de Trilhas do desejo (curadoria de Paulo Sergio Duarte para o Programa Rumos Itaú Cultural, São Paulo, e Paço Imperial, Rio de Janeiro). Em 2008, do Prêmio SIM Artes Visuais (curadoria de Marisa Florido César, Casa das Onze Janelas, Belém). Foi finalista da bolsa Iberê Camargo em 2005 e selecionado pelo Programa Itaú Rumos Artes Visuais em 2008/2009.
Fernanda Lopes
Será que vale a pena colocar mais um objeto no mundo? Ainda há algo no mundo que mereça ser pintado? As dúvidas que antecediam cada obra do pintor canadense Philip Guston (1913-1980) também acompanham a produção de Rafael Alonso. O artista carioca parece nunca ter como ponto de partida a tela em branco. Daí o nome da exposição. Espólio é uma herança, um conjunto dos bens que são deixados por alguém ao morrer a ser partilhado no inventário entre os herdeiros ou legatários. É também o nome dado a uma espécie de recompensa do combate, despojos de guerra. Boa parte da produção contemporânea lida com a história da arte como uma espécie de arquivo, que pode ser livremente acessado e apropriado a qualquer momento. Na produção de Rafael Alonso, aquele território aparentemente vazio da tela é, na verdade, tratado como abrigo de toda a história da arte. Ali, nada começa do zero.Realização: