Caetano Dias
Caetano Dias transita por suportes e linguagens diversos, sendo a ambiguidade uma questão recorrente em sua produção. Na Temporada de Projetos, o artista apresentou uma instalação composta por diversas imagens religiosas em resina, perfuradas e iluminadas internamente. No Paço das Artes, participou das exposições Ocupação, em 2005, e Por um fio, em 2007. Integrou a 3ª Bienal do Mercosul, em 2001, e o Panorama de Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 2005.
Guy Amado
O processo criativo de Caetano Dias é pautado por uma regularidade e coerência perceptível em toda sua obra, fundado na noção da desconstrução. E essa noção, aqui, pode ser entendida como decompor ou destruir o objeto/imagem para identificar e repotencializar sua multiplicidade de significados, desfazendo os dogmas pré-estabelecidos pela ideologia ou pela convenção. Esta orientação se evidencia desde a produção pictórica do artista – ‘forja’ para seu pensamento em arte - à sua diversificada produção posterior, como nas séries elaboradas a partir de imagens eróticas capturadas na Internet que, retiradas daquele circuito e ‘corrigidas’ digitalmente, comentavam questões em torno da (não)ética no trânsito da sexualidade e do desejo no limbo virtual da web, abrangendo, por extensão, aspectos do âmbito das relações humanas como a solidão, a incomunicabilidade, o fetiche e o voyeurismo.Realização: