Eide Feldon

São Paulo/SP, 1958

  • Ágora (1998)
    parede de tijolos feitos de placas e componentes eletrônicos em resina acrílica
    coluna backligth 
  • Detalhe de Ágora (1998)
    parede de tijolos feitos de placas e componentes eletrônicos em resina acrílica
    coluna backligth 
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Eide Feldon

A comunicação e a possibilidade de reestruturação na ordem dos códigos de informação são temas recorrentes na obra de Eide Feldon. Ágora é composta de uma parede e uma coluna construídas a partir de peças de sistemas de computadores em moldes de resina acrílica, como se fossem fósseis da contemporaneidade. A artista participou da primeira Virada cultural, em 2005, com a intervenção urbana Polinização, além de diversas exposições como Ocupação, no Paço das Artes, em 2005, e Aluga-se, numa casa no Alto de Pinheiros, em 2010, todas em São Paulo.

Simona Misan Liberman

A comunicação e a possibilidade de reestruturação na ordem dos códigos de informação são questões centrais nos trabalhos de Eide Feldon. Mais recentemente, a artista vem investigando as relações intrínsecas aos significantes e aos significados, partindo do próprio corpo da matéria, que não coincidentemente também é veículo de informação.

Nestes trabalhos, a artista opera com estas questões a partir da inserção de peças que integram sofisticados sistemas de telefonia celular e computadores, em moldes de resina acrílica. Ao cristalizar as peças, provoca um "congelamento" no trânsito da transmissão, suspendendo o tempo de recepção e o espaço da apreensão da mensagem, criando um possível intervalo à subversão na ordem do tráfego dos sentidos e do processamento das informações. Contudo, restritas à própria condição, estas peças deixam transparecer seu ineficaz esforço de apropriar-se apenas de um fragmento, contra uma poderosa rede de comunicação que permeia nosso espaço.

Concentrados neste território, linhas imaginárias, impulsos vibratórios e ondas de energia, traçam uma cartografia da comunicação, invisível aos nossos olhos e à nossa percepção, porém nunca tão presente e determinante em nossas vidas como na contemporaneidade.
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