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Thatiana Cardoso

Thatiana Cardoso busca problematizar o engano e seus mecanismos, seja mimetizando o corpo humano a partir do registro de utensílios domésticos, seja desdobrando-se sobre armadilhas da sedução em golpes de amor. Trabalhando principalmente com fotografia, vídeo, performance e desenho, sua produção transita entre as artes visuais e o cinema. A artista participou de exposições e mostras, entre elas: NÓS:–arte e ciência por mulheres, Paço das Artes (2023); Experimental Film & Music Video Festival, Toronto, Canadá (2023); Artistas mulheres do ABC e do acervo da Pinacoteca de São Caetano do Sul, SP (2022); 21º Festival Internacional de Cinema Contis, França (2016). A artista possui bacharelado em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2016), onde também fez especialização em história da arte: teoria e crítica (2020). A artista vive e trabalha em São Bernardo do Campo.

Os algoritmos te trouxeram até mim. Agora, o satélite me leva até você. é o título da primeira exposição individual da artista Thatiana Cardoso (São Bernardo do Campo, SP, 1984), exibida como parte da Temporada de Projetos 2023 do Paço das Artes. Trabalhando há mais de uma década entre os campos das artes visuais e do cinema, Cardoso participou de uma série de mostras nacionais e internacionais, entre as quais: NÓS: arte e ciência por mulheres (Paço das Artes, São Paulo, 2023); O grande circo do patriarcado (Canteiro, São Paulo, 2023); Experimental Film & Music Video Festival (Toronto, Canadá, 2023); Artistas mulheres do ABC e do Acervo da Pinacoteca de São Caetano do Sul (Pinacoteca de São Caetano do Sul, SP, 2022); e 21º Festival Internacional de Cinema (Contis, França, 2016).  

A artista contou-me que a ideia de produzir trabalhos que tratassem do tema golpes de amor surgiu após receber mais de dezessete tentativas de golpe pelo Instagram. Diante da primeira tentativa, em 2021, ela teve despertada uma forte curiosidade pessoal, ainda não imaginada como obra de arte. Assim, passou a falar com o primeiro golpista, fingindo interesse em suas juras de amor.  

Ácida, irônica, escapando aos falsos moralismos, Thatiana Cardoso torna públicas suas pessoalidades reais e fictícias. Encara a si não como a boa mãe-esposa-dona-de-casa como querem os vários tipos de golpistas que encontramos pela vida. Tampouco personifica um desejo mercadológico da nova e boa mulher contemporânea aos moldes do feminismo neoliberal. A primeira individual de Thatiana Cardoso é efeito de experimentações sinceras no território artístico e de um enfrentamento corajoso em movimentos de reelaboração de si.  

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